sábado, 30 de junho de 2012

Vaca com Maçã e Castanhas

Com as castanhas congeladas, os pratos como este aqui deixaram de ser exclusivos do outono...


Escolhi um belo pedaço de carne de vaca.


Abri-o ao meio, com uma faca larga.


Besuntei-o com molho de soja e coloquei, sobre metade, uns gomos de maçã.


Fechei a carne, prendi com palitos, temperei-a exteriormente com sal, pimenta moída e umas nozinhas de banha, sobre as quais coloquei mais uns gomos de maçã.
Coloquei-a num tabuleiro.
Reguei a carne com um fio de azeite e meio copo de vinho branco.


Levei a carne ao forno até ficar tenra (fui espetando com um pauzinho de espetadas).


Nos últimos 20 minutos, juntei castanhas congeladas polvilhadas com umas pedrinhas de sal e deixei-as assar.
Cortei a carne às fatias e servi-a com as castanhas, tudo regado com o molho que se formou no tabuleiro.


Nem sempre o que nos parece ser uma boa ideia, sai bem...
Não devia ter convidado o molho de soja para este baile, pois não gostámos muito do sabor que ele deu.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cogumelos Recheados com Atum e Presunto

Uns cogumelos grandões  assim estavam mesmo a pedir um recheio...


Limpei os cogumelos com uma esponja (nada de água) e retirei-lhes os pés cuidadosamente.


Numa frigideira, deitei um fiozinho de azeite,.2 dentes de alho, 1 cebola picada, os pés dos cogumelos em pedacinhos e uma fatia de presunto cortada em tiras.
Deixei-os rebolar um pouco no azeite quente.
Juntei o conteúdo de uma lata de atum (esfiapado com um garfo).
Misturei bem, temperei com sal, pimenta moída e coentros picados.
Envolvi bem a mistura. 


Com uma colher de chá, enchi as cavidades dos cogumelos.


Em cada um coloquei 2 cubos de queijo feta.
Coloquei-os num pirex untado com azeite.


Levei-os ao forno por, mais ou menos, 25 minutos.


Uma entrada destas torna sempre um jantar mais especial...


quarta-feira, 27 de junho de 2012

(Uns) Choquinhos Improváveis (Trilogia 86)

Nesta 86ª semana, o Luís mandou improvável para o ar, quer dizer para o Amândio e eu.
Assim, sem mais nem menos...
E eu fiquei sem saber o que fazer, até que de repente, surgiram estes choquinhos sem plano prévio, tipo relâmpago.
Achei-os improváveis por terem resultado do simples gesto de não deitar fora o que veio a resultar no melhor molho de chocos suados que já comi...


À Bulhão Pato saem as ameijoas quase todas as sextas feiras cá em casa.
Desta vez, nem sei porquê, sobrou imenso molho.


No  sábado, para o almoço, introduzi choquinhos frescos com alguma tinta no molho das ameijoas, tapei a caçarola e deixei-os suar até ficarem tenros (cerca de 25 minutos).
Entretanto, cozi batatas com pele que juntei aos choquinhos depois de peladas.
Polvilhei com mais coentros cortados.
(nada de sal nem pimenta)


Isto é o que eu acho poder chamar de receita improvável...
e não é porque não se podia provar, pelo contrário, até  ficou estrondosamente boa… 
É só por ter nascido do acaso.



domingo, 24 de junho de 2012

Espada Preto com Presunto

Gosto de espada preto de qualquer maneira, até cozido...


No tacho de barro deitei um fio de azeite, 2 dentes de alho esmagados, 1 cebola grande às rodelas e 2 tomates em pedacinhos.
Deixei-os amolecer e fazer papa (sobre lume muito brando), à qual juntei meio copo de vinho branco.
Quando o molho ficou apurado juntei-lhe batatas em cubos.


Entretanto, abri postas fechadas de espada-preto e recheei-as com uma fatia de presunto.


Voltei a unir as duas partes da posta.


Numa posta aberta (da barriga) introduzi a fatia de presunto na abertura natural.


Coloquei as postas de peixe sobre as batatas (que já estavam a cozer no molho de tomate há uns  minutos), salpiquei-as com pedrinhas de sal e salpiquei-as com coentros.
Tapei o tacho e deixei-as suar por uns 10 minutos.


Ficou bem melhor do que parece nas fotos...
Também sei que sou suspeita por ter achado que ficou tão bom! 


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pudim do Mosteiro de São Dinis (Trilogia 85)

É já a 85ª trilogia e, nesta semana, eu disse ao Amândio e ao Luís uma expressão mágica de delícias: doces conventuais.
Depois de uma pesquisa que me fez chegar às mãos (e aos olhos) o livro da VI Feira de Doçaria Conventual, editado pela CM de Portalegre, resolvi experimentar este pudim de batata do Mosteiro de São Dinis, também conhecido por Convento de Odivelas.


Este Monumento Nacional situa-se no coração de Odivelas e foi construído entre 1295 e 1305.
Diz a lenda que a sua fundação se deveu a uma promessa do rei D. Dinis que aqui prometeu erguer um mosteiro depois de escapar ao ataque de um urso.
Uma das ocupantes mais famosas do mosteiro foi a Madre Paula, amante de D. João V.
Fruto de diversas ocupações, hoje é um colégio feminino para filhas de militares, o Instituto de Odivelas, encontrando-se sob a responsabilidade do Ministério da Defesa.


Não tem um ar bem tentador?
Para mim teve...


Bati 10 gemas de ovos com 300 g de açúcar até obter uma mistura fofa e cremosa.


Cozi 200 g de batata.
Esmaguei-a com 1 garfo e adicionei-lhe 75 g de manteiga derretida.
Misturei-as muito bem até obter um preparado homogéneo e juntei-o à mistura de ovos com açúcar.
Por fim, juntei 2,5 dl de leite.


Caramelizei uma forma e deitei-lhe o preparado dentro.


Levei a cozer, em banho-Maria durante 1 hora e meia, em forno quente.


Retirei do forno, deixei arrefecer e desenformei para um prato.


E não é que desapareceu num ápice?
Um desassossego de pudim!


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Porco com Ameixas e Caju (Trilogia 84)

Em dia de Santo António e 84ª quarta feira de trilogia, quis o Amândio trocar sardinhas assadas por ameixas para baralhar dois lisboetas como o Luís e eu...


Deixei, por cerca de 2 horas, ameixas secas e pretas, mergulhadas em moscatel de Setúbal.


Abri um pedaço de porco (com osso) ao meio, no sentido longitudinal.


Recheei-o com as ameixas pretas que descarocei (no lugar do caroço coloquei uma noz de caju salgado).


Fechei o pedaço de carne e temperei-o com sal, pimenta preta moída, alhos em rodelinhas e umas nozes de banha.
Reguei-o com um fio de azeite e o moscatel de Setúbal que «hidratou» as ameixas.
Levei ao forno por cerca de 2 horas.


Fatiei a carne e acompanhei-a com puré de maçã.


O sabor doce das ameixas contrastou super bem com o salgadinho dos cajus... que lhes serviram de coração.


domingo, 10 de junho de 2012

Massada de Frango

Massada é mesmo só no nome: resultou num almoço bem agradável!


Estufei meio frango do campo, cortado em pedaços, em azeite, alhos picados, cebola e tomate cortados em gomos.
Reguei com um copo de vinho branco e temperei com sal, pimenta moída e pozinhos de pimentão doce.
Quando o frango ficou tenro, juntei-lhe 2 copos de água e, quando esta ferveu, 250 g de massas.
Deixei-as cozer pouco mais de 10 minutos.
Polvilhei com salsa picada.


Desta vez cozi a massa no tacho do frango, bem juntinhos...
Gostei do resultado.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Atum (dizem que é) à Algarvia (Trilogia 83)

O atum virou rei, nas nossas cozinhas, na 83ª semana de trilogia.
Para mim é sempre um prazer crescente ver como o Amândio e o Luís respondem a estes nossos desafios semanais...


Temperei 3 bifes de lombo de atum com sal, pimenta preta moída, alhos em rodelinhas, louro e o sumo de 1 limão.
Deixei-os descansar nesta marinada durante, mais ou menos, 1 hora.


Fiz um refogado bem leve com azeite e 3 cebolas em rodelas.


Quando a cebola murchou, juntei 5 tomates maduros cortados em pedaços, meio pimento amarelo e meio pimento verde cortados em tiras.
Temperei com pedrinhas de sal.


Deixei cozinhar, com o tacho tapado em lume muito brando.
Reguei com meio copo de vinho branco.


Quando o molho levantou fervura juntei-lhe os 3 bifes de atum e a marinada.
Envolvi os bifes no molho de tomate e pimentos, tapei o tacho e deixei-os estufar por uns
5 minutos (o tempo suficiente para passarem sem os deixar secar).


Fui agitando o tacho de vez em quando para não os deixar pegar.
Fora do lume polvilhei-os com salsa picada e juntei batatas cozidas (com a pele) no molho.
Servi bem quentinhos.


Gostamos muito de atum fresco ou enlatado…
Este é só o nosso preferido!
Quem dera que a próxima trilogia fosse assim fácil...


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pregado Frito com Açorda de Coentros

Desta vez foi cortado às postas e acabou na frigideira, frito e com açorda de coentros a acompanhar:
uma perdição para mim!


Temperei as postas de pregado com pedrinhas de sal e deixei ficar por quase 1 hora.


Passei as postas por farinha de milho, sacudi-as do excesso e fritei-as em azeite bem quente.


Acompanhei-as com açorda de coentros:
aqueci azeite com 3 dentes de alhos esmagados e um molhinho de coentros cortados.
Depois juntei 5 fatias de pão alentejano (da véspera) embebido em água e depois bem espremido.
Mexi com a colher de pau até obter uma mistura mais ou menos homogénea, à qual juntei 1 ovo batido e mais coentros cortados.
Retifiquei o sal e temperei com pimenta moída. 


Não me restam dúvidas:
peixe frito e açorda de coentros ocupam um dos três lugares do pódio dos meus pratos preferidos...