domingo, 19 de setembro de 2010

Quase... Coq au Vin

A ideia fixa de fazer este frango, implantou-se-me nas ideias quando vi este, há uns dias, no Garficopo.
É neste blog que, muitas vezes, me inspiro e recolho ideias para dar um final feliz a frangos ou a carne de porco, no tacho ou no forno, já que o seu dono é especialista nestes «happy end»...
Na véspera, de manhã, cortei 1 frango do campo em pedaços, retirei a maior parte das peles e coloquei-o numa taça.
Temperei-o com sal, pimenta rosa moída, 4 dentes de alho às rodelas, 3 cabeças de cravinho e cobri-o com vinho tinto.
Guardei, tapado, no frigorífico.

No dia seguinte, cobri o fundo de um tacho com azeite, juntei 1 colher de sopa de banha e, quando aqueceu, juntei 100 g de bacon cortado aos cubinhos e umas cebolinhas novas.
Deixei rebolar um pouco.

Juntei os pedaços de frango escorridos e os dentes de alho da marinada.

Deixei.os tomar cor.
Não polvilhei com farinha. porque diz-me a experiência que às vezes queima (porque sou distraída...) e fica um sabor desagradável.
Tapei o tacho e deixei cozinhar. sobre lume brando, até ficar bem tenro.
Nos ultimos 5 minutos, juntei uns cogumelos frescos cortados ao meio e deixei apurar.

Entretanto, fiz puré de maçã reineta.

Ficou bonito, não?

Foi uma bela companhia para este frango que. se não tivesse um nome francês betinho, seria um simples frango estufado com vinho tinto.

Espero a aprovação do mestre, pois desta vez segui quase todas as regras...
logo eu que nem costumo conseguir isso!

6 comentários:

  1. HUMMMM O ASPECTO ESTÁ MARAVILHOSO,TEM QUE ESTAR MUITO BOM!

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  2. Fizeste este frango mais ou menos como vem descrito no 12 meses de cozinha e na wikipédia. Parece muito bem, mesmo sem a farinha nem o sangue (para mim, dispensáveis ou opcionais). Quanto ao acompanhamento, arrisco dizer que o acridoce do puré deve ter dado um toque extra de requinte ao prato.

    Beijinhos.

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  3. Bom, Ana, isto vai ser uma espécie de post em terra alheia, eu sei que me vais desculpar mas quero que fique claro que tudo o que vou dizer não implica nada com a excelência deste teu prato mas sim com a aplicabilidade ou não do nome "betinho":-)
    O Coq au Vin é um peso-pesado da "cuisine", um prato canónico que admite como todos os pratos as mais diversas e delirantes (e boas!) derivações mas que não admite, como tem sido feito por aí, usurpações do seu nome.
    A questão, nisto que aqui nos interessa é que o "coq au vin" da Marizé, que inspirou o do Cupido, é outra coisa qualquer, aliás, é o "coq au vin" da "Cordon Bleu- Frango", que não tem o mais pequeno pudor em adaptar sem tocar nos nomes sonantes.
    Quando se nomeiam estes pratos canónicos tem que se ser rigoroso. Como no Pantagruel(rec. nº2081)!
    E em rigor, o facto é que Coq au Vin não é um prato de marinadas, a alma é o cognac flambé antes da adição do vinho e, last but not least, é um prato que leva, mesmo, sangue. Aqui não há volta a dar: do mesmo modo que quem não gosta ou tem preconceito contra o sangue, faz arroz de galinha e não lhe chama arroz de cabidela, não é?
    Françoise Bernard, que eu considero a "Maria de Lurdes Modesto" dos franceses é peremptória no seu Les Recettes Faciles (Paris, Hachette 1965)quando diz " A défault de sang de coq, achetez un petit bol de sang de porq chez votre charcutier".
    Se eu conseguir (às vezes sou muito nabo nestas coisas, tipo info-excluído, como me chama a minha filha Inês)vou mandar-te um pdf da pagina Coq au Vin da "bíblia" da Françoise Bernanrd.

    Bem, feito o testamento, esse teu Coq "avec" Vin, com esse sublime puré de maçã, deve mesmo ter sido de subir ao Céu (ciel? :-)

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  4. ainda a bocadinho vi no garficopo agora aqui
    esta fantastico
    eu adoro frango e caseirinho entao tao bom
    beijinhos

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  5. muito bem esgalhado!
    obrigado pela partilha ;-)

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